Presidente da Alerj é preso pela PF por vazamento de operação sigilosa

                 Mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal


Presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso preventivamente, na manhã desta quarta-feira (3), durante Operação Unha e Carne, deflagrada pela Polícia Federal para investigar o vazamento de informações sigilosas sobre a Operação Zargun

Agentes policiais estiveram na Alerj no início da manhã e cumpriram mandados de busca na sala da presidência. A ação ocorreu enquanto Rodrigo Bacellar prestava depoimento na sede da Polícia Federal, no Rio.

Minutos após o depoimento, o parlamentar foi detido preventivamente. Ele é suspeito de envolvimento no repasse de informações que teriam antecipado detalhes da operação que mirava o deputado estadual TH Joias.

Segundo a PF, o vazamento comprometeu o andamento das investigações que resultaram na prisão de TH Joias. A meta do novo inquérito é identificar os responsáveis pelo repasse ilegal de informações e esclarecer a conexão com agentes públicos.

A operação de hoje cumpre um mandado de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão e um mandado de intimação. Todos foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

De acordo com a nota divulgada pela Polícia Federal, a Operação Unha e Carne busca “combater a atuação de agentes públicos envolvidos no vazamento de informações sigilosas, o que culminou com a obstrução da investigação realizada no âmbito da Operação Zargun”.

A ação integra determinação do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635 das Favelas), que delegou à Polícia Federal a apuração da atuação de grupos criminosos violentos no estado do Rio e suas conexões com agentes públicos.

Compra e vendas de armas

No dia 3 de setembro de 2025, o deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, foi preso por suspeita de intermediar a compra e venda de armas para o Comando Vermelho.

Segundo as investigações, ele atuava como intermediário entre fornecedores e integrantes da facção criminosa.

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro ainda não foi comunicada oficialmente sobre a operação de hoje. Assim que tiver acesso a todas as informações, irá tomar as medidas cabíveis.

Fonte: Agência Brasil

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